terça-feira, 8 de abril de 2014

RESUMO DOS CAPÍTULOS- 8,9 e 10 -APOSTILA- Estudar para a prova por este resumo! turma: 201

RESUMO DOS CAPÍTULOS- 8 E 9 -APOSTILA- Estudar para a prova por este resumo! ok!
FILOSOFIA MODERNA
A História da Filosofia
A História da Filosofia não é apenas um relato histórico, mas as
transformações do pensamento humano ocidental, ou seja, o percurso do
pensamento ocidental; o modo pelo qual essa forma de pensar influenciou a realidade e, ao mesmo tempo, foi resultado dessa realidade histórica. A História da Filosofia pode ser estuda a partir de quatro períodos:
1. Filosofia Grega
2. Filosofia Medieval: Cristã
3. Filosofia Moderna
4. Filosofia Contemporânea
FILOSOFIA MODERNA
A Ciência Antiga e a Ciência Moderna
Filosofia Medieval Cristã constituiu-se do pensamento cristão e da ciência
antiga. A ciência antiga tinha como base o dogmatismo: era especulativa e partia de interpretações da Bíblia. A ciência antiga era baseada na lógica e na demonstração de verdade, sem considerar a observação e a experiência. É o caso da teoria geocêntrica, ou seja, a teoria que postulava que a terra é o centro do universo, vigorava há quase vinte séculos e constituía a maneira pela qual o homem antigo e medieval via a si mesmo e ao mundo.
A concepção medieval cristã via o homem como é o ser supremo da criação divina e a terra era o centro do universo. A teoria de que a terra era o centro do mundo, geocentrismo, era uma explicação que justificava tal visão.
A ciência antiga era um corpo de verdades teóricas universais, de certezas definitivas, que não admitiam erros, mudanças ou crítica.
O novo período – Idade Moderna - vai significar uma ruptura com essa
concepção de mundo dogmática, que não permitia a reflexão e a crítica.

Filosofia Moderna séc. XVII e XVIII
Após a Idade Média, há um período de transição entre o século XV e XVI para a Idade Moderna, que significou ruptura com a tradição anterior cristã, fundamentada em Deus, e passou-se a valorizar o homem.
É o período chamado Humanismo Renascentista: artes plásticas,
valorização do homem - liberdade e criatividade.
É o momento em que se rompe com a visão sagrada e teológica na arte, no pensamento, na política, na literatura. Os pensadores desse período passam a valorizar o saber dos gregos antigos. Valoriza-se o homem e rompe-se com o pensamento teocêntrico, que considera Deus como o centro de tudo, e a Ciência Antiga.
A Idade Moderna traz a proposta de uma nova ordem e visão de mundo,
rejeitando a autoridade imposta pelos costumes e pela hierarquia da nobreza e Igreja, em favor da recuperação do que há de virtuoso, intuitivo e espontâneo na natureza humana. Surge um novo estilo com nova temática.
Valoriza-se o corpo humano, artes, pensamento, política, ciência. É o
momento de novos pensadores e artistas, tais como Leonardo da Vince, William Shakespeare, Rafael, Maquiavel, Michelangelo, Montaigne.
1. As condições históricas
Surge uma nova maneira de pensar e ver o mundo, resultado das
transformações históricas que ocorreram na Europa. Entre os fatores históricos, pode-se destacar:
1.1. O humanismo renascentista do sec. XV
1.2. A descoberta do Novo Mundo (sec. XV)
1.3. A Reforma Protestante do sec. XVI
1.4. A revolução científica do sec. XVII
1.5. Desenvolvimento do mercantilismo e ruptura da economia feudal
1.6. Grandes núcleos urbanos e a invenção da imprensa,
1.1. O humanismo renascentista do sec. XV
Nasceu na península itálica, sendo um período de transição entre a Idade
Média e a Moderna. Rompeu com a filosofia cristã da escolástica medieval e, valoriza o saber dos gregos antigos, retomando a concepção do humanismo.
O período medieval, anterior, foi marcado por uma forte visão hierárquica e religiosa de mundo, em que a arte está voltada para o sagrado, filosofia está vinculada à teologia e à problemática religiosa.
O homem e seus atributos de liberdade e razão passam a ser importantes novamente, e não apenas as o mundo divino.
Nas artes predomina os temas pagãos, afastados da temática religiosa. É a arte voltada para o homem comum, não mais reis e santos. Valoriza-se o corpo e a dignidade humana.
Thomas Morus, em a A Utopia, defende a tolerância religiosa, critica o
autoritarismo dos reis e da Igreja, favorecendo a razão e a virtude natural.
Maquiavel, autor escreveu O Príncipe, inaugurou o pensamento moderno da política, em que faz uma análise do poder como fato político, independente das questões morais..
1.2. A descoberta do Novo Mundo
Outro fator importante que levou a mudança do pensamento moderno foi a descoberta do Novo Mundo, pois revelou a falsidade e fragilidade da geografia antiga, o desconhecimento da flora e fauna encontradas. Revelou também a falta de
conhecimento de outros povos e culturas. Muita coisa precisava ser reformulada. A ciência antiga perde a autoridade é questionada, pois nada explica sobre a nova realidade e suas narrativas. Acreditava que a “terra era plana”, desconhecem os novos habitantes dessas terras descobertas, sua natureza, sua origem, sua cultura, tão distintas da européia.
1.3. A Reforma Protestante
Martin Lutero contesta a autoridade da Igreja marcada pela corrupção e passa a valorizar a consciência individual de buscar a própria fé, sem ser pela imposição das verdades dogmáticas. Rompe com Igreja Católica e funda a Igreja protestante.
Essa nova igreja propõe e representa, assim, a defesa da liberdade individual e da consciência em lugar da certeza, valorizando a ideia de que o indivíduo é capaz de encontrar sua própria verdade religiosa.
1.4. A revolução científica moderna
Outro fator essencial desse processo de transformação é a revolução
científica que significou o ponto de partida para a ciência nos moldes que
conhecemos hoje.
Nicolau Copérnico no século XVI vai defender matematicamente que a Terra gira em torno do Sol, rompendo com o sistema geocêntrico de Ptolomeu (sec.II) e inspirado em Aristóteles.
A teoria do geocentrismo vigorava há quase vinte séculos e era maneira pela qual o homem antigo e medieval via a si mesmo e ao mundo. A ciência moderna surge quando se torna mais importante observar e experimentar, ao contrário da visão antiga que partia de princípios estabelecidos e dogmáticos.
É um processo de transição e não uma ruptura radical. Ao longo desse
processo surgem Galileu e Isaac Newton, entre outros, que vão transformar a visão científica do século XVII seguinte.
O rompimento com a ciência antiga revelou uma concepção de distinto do
universo antigo, que é fechado, finito e geocêntrico. A nova ciência propõe o modelo heliocêntrico e o universo é infinito.
A ciência é ativa valoriza a observação e o método experimental, une ciência e técnica. A ciência antiga é contemplativa, separa ciência e técnica.
No século XVII a Filosofia e a Ciência se separam. Galileu, usando um
telescópio, demonstra o modelo de desenvolvido por Copérnico. Vai ser interpelado pela Igreja.
Entre os principais pensadores daquele momento, destacam-se:
Copérnico, um sacerdote polonês, propôs a teoria heliocêntrica que atingia a concepção medieval cristã de que o homem é ser supremo da criação divina e que por isso a terra é o centro do universo.
Giordano Bruno leva adiante a ideia de Copérnico e desenvolve a concepção de universo infinito. É condenado e morre queimado vivo na fogueira.
Galileu Galilei contribuiu com descobertas científicas, como o
aperfeiçoamento do telescópio, e com uma nova postura metodológica de
investigação científica: observação, experimentação, uso da linguagem matemática.
Por condenar os dogmas tradicionais da Igreja, também foi condenado pela Inquisição, mas optou por viver e seguiu fazendo suas pesquisas clandestinamente.
2. Sobre a produção do conhecimento
A Idade Moderna é um período é marcado por grandes transformações. Estas transformações e o desenvolvimento da ciência moderna levaram o homem a questionar os critérios e os métodos usados para aquisição do conhecimento verdadeiro da realidade.
Como podemos conhecer? Quais os fundamentos do conhecimento? O que é conhecer? Essas questões são essenciais pra a ciência, a ética e epistemologia.
A Filosofia Moderna vai enfrentar o prestígio que o pensamento de Aristóteles tinha e a supremacia da doutrina da Igreja, na Idade Média, e inaugurou um modo
novo de conceber e compreender o conhecimento. O século XVII viu nascer o método experimental e a possibilidade de explicação mecânica e matemática do Universo, que deu origem à ciência moderna.
A partir desses questionamentos, duas novas perspectivas para o saber, às vezes complementares, às vezes antagônica. Surgem o racionalismo e o empirismo.
O racionalismo e o empirismo constituem novos paradigmas da filosofia
moderna para conhecer a realidade.
O que é a razão? Existem vários sentidos de razão no nosso dia a dia. A
Filosofia se define como conhecimento racional da realidade natural e cultural, das coisas e dos seres humanos. A razão é a organização e ordenação de idéias, para
assim poder sistematizá-las.
2.1. RACIONALISMO
O racionalismo sustenta que há um tipo de conhecimento que surge
diretamente da razão. É baseado nos princípios da busca da certeza e da
demonstração, sustentados por um conhecimento que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão.
O racionalismo considera que o homem tem idéias inatas, ou seja, que não são derivadas da experiência, mas se encontram no indivíduo desde seu nascimento e desconfia das percepções sensoriais.
Enquanto a ciência cristã e antiga constituía um corpo de verdades teóricas universais, de certezas definitivas, não admitindo erros, mudanças ou crítica, a ciência moderna e racional vai propor formular leis e princípios que expliquem o funcionamento da realidade.
O pensamento racional ao introduzir a dúvida no processo do pensamento, introduz a crítica como parte do desenvolvimento do conhecimento científico. São esses princípios da ciência moderna que encontramos hoje.
Principais pensadores: René Descartes (1596-1650), Pascal (1623-1662), Spinoza
(1632-1677) e Leibniz (1646-1716), Friedrich Hegel (1770-1831).
René Descartes,
Nasceu na França, em 1596, em um momento de profunda crise da
sociedade e cultura européia, passando por grandes transformações e ruptura com o mundo anterior. Foi um dos principais pensadores do racionalismo. Expôs suas idéias com cautela para evitar a condenação da igreja. É considerado um dos pais da filosofia moderna.
O princípio básico de sua filosofia é a frase: “Penso, Logo existo”. A base de seu método é a dúvida de todas as nossas crenças e opiniões. Para ele, tudo deve ser rejeitado se houver qualquer possibilidade de dúvida. O pensamento é algo mais certo que a matéria. Ele valorizava a atividade do sujeito pensante em relação ao real a ser conhecido. Descarte acreditava que o método racional é caminho para garantir o conhecimento de uma teoria científica.
2.2. EMPIRISMO
O Empirismo defende que o conhecimento humano provém da nossa
percepção do mundo externo e da nossa capacidade mental, valorizando a experiência sensível e concreta como fonte do conhecimento e da investigação.
Segundo os empiristas, o conhecimento da razão, da verdade e das idéias racionais é importante, mas desde que estejam ligados à experiência, pois as idéias são adquiridas ao longo da vida e mediante o exercício da experiência sensorial e da reflexão.
O método empirista baseia-se na formulação de hipóteses, na observação, na verificação de hipóteses com base nos experimentos.
O empirismo provoca uma revolução para a ciência. A partir da valorização da experiência, o conhecimento científico, que antes se contentava em contemplar a natureza, passa a querer dominá-la, buscando resultados práticos.
Principais filósofos: Francis Bacon, John Locke, David Hume, Thomas
Hobbes e Hohn Stuart Mill.
Francis Bacon, nasceu na Inglaterra criou o lema saber é poder, pois
compreende que o desenvolvimento da pesquisa experimental aumenta o poder dos homens sobre a natureza .
John Locke, médico inglês, dizia que o mente humana é uma tábula rasa, um papel em branco sem nenhuma idéia previamente escrita e que todas as idéias são adquiridas ao longo da vida mediante o exercício da experiência sensorial e da reflexão. Defendeu que a experiência é a fonte das idéias. Desenvolveu uma corrente denominada Tabula Rasa, onde afirmou que as pessoas desconhecem tudo, mas que através de tentativas e erros aprendem e conquistam experiência.
3. O racionalismo e o empirismo são pensamentos distintos, embora exista um elemento em comum: a preocupação com o entendimento humano.
A Filosofia Moderna
O que é conhecer?
Como podemos conhecer?
Qual a relação entre consciência e realidade?
Essas questões deram origem a uma área da filosofia preocupada com o
processo de conhecimento da realidade: a teoria do conhecimento, a
epistemologia.
Em resposta a essas questões foram formuladas duas propostas teóricas:
o racionalismo – o conhecimento emana da razão e o
o empirismo – o conhecimento emana da experiência sensível.
Idade Moderna, no século XVII, com Galileu registrou a separação da ciência e da filosofia. É nessa época que a ciência toma os rumos da ciência atual, baseada em comprovações, por meio de um método.
4.1. Galileu Galilei – nasceu na Itália e é considerado o fundador da física moderna. Defendeu as explicações do universo a partir da teoria heliocêntrica e rejeitava a física de Aristóteles, adotadas como verdade absoluta pelo cristianismo.
Por contrariar essa visão tradicional foi considerado herege. Questionava a Bíblia, sendo julgado pelo Tribunal da Inquisição e condenado a fogueira ou a renegar suas concepções científicas. Optou por se retratar, mas continuou fiel às idéias e publicou clandestinamente uma obra que contrariava os dogmas cristãos.
4.2. Isaac Newton - nasceu na Inglaterra, físico e matemático, continuou à
revolução científica que deu origem à física clássica. Fala de um universo ordenado, como uma grande máquina. Além de física, matemática, filosofia e astronomia, estudou também alquimia, astrologia, cabala, magia e teologia, e era um grande conhecedor da Bíblia. Considerava que todos esses campos do saber poderiam contribuir para o estudo dos fenômenos naturais.
Suas investigações experimentais, acompanhadas de rigorosa descrição
matemática, constituíram-se modelo de uma metodologia de investigação para as ciências nos séculos seguintes.
Leitura Recomendada:
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando.
São Paulo, Moderna, 2003.

CAPÍTULO 10- FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA I –Turma 201
FILOSOFIA CONTEMPORÂNEA

Século XIX – Avanços técnicos, industrialização e conflitos sociais.
A partir de meados do século XVIII, o capitalismo foi se consolidando em diversos países da Europa ocidental e, mais tarde, em outras regiões do mundo. Esse processo de transformações, ao qual está vinculada a Revolução Industrial, atingiu amplos setores da economia: a produção de manufaturas, a agricultura, o comércio, os transportes etc.
Como tendência geral, as antigas oficinas dos artesãos foram sendo substituídas pelas fábricas, e muitas ferramentas, pelas novas máquinas. Em lugar das tradicionais fontes de energia, como água, vento e força muscular, passou-se a utilizar também o carvão, a eletricidade e o petróleo.
Paralelamente, a expansão e a consolidação do capitalismo trouxeram também novas formas de exploração do trabalho humano. Isso gerou uma série de conflitos entre dois grandes grupos sociais e seus diversos segmentos: burguesia industrial X trabalhadores.

PROGRESSO E DESUMANIZAÇÃO
Os complexos caminhos das sociedades contemporâneas nos colocaram diante de grandes questões, como as desigualdades sociais e os rumos do desenvolvimento tecnológico – científico, entre outras.
Nesse quadro de desafios, surgiram diversas propostas para os dilemas humanos, destacando-se, nesse início da Idade Contemporânea, o romantismo.

ROMANTISMO – EXALTAÇÃO DO INDIVÍDUO, DA EMOÇÃO E DA NATUREZA.
O romantismo foi um movimento cultural que se iniciou no final do século XVIII e predominou durante a primeira metade do século XIX, envolvendo a arte e a filosofia.
De modo geral, o romantismo reagiu contra o espírito racionalista, que pretendia abraçar o mundo e orientar a sociedade. Captou precocemente que a racionalização e a mecanização caracterizariam o mundo industrial, e intuiu a ameaça que esse processo representava para a expressão humana, tendo em vista que os sentimentos individuais estariam sendo relegados ao segundo plano.



IDEALISMO ALEMÃO

G.W.F. Hegel
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (Estugarda, 1770 – Berlim, 1831) foi um filósofo alemão. Recebeu sua formação no Tübinger Stift (seminário da igreja protestante).
Tinha um fascínio pela Revolução Francesa e por obras de Kant, Spinoza e Rousseau. Fez parte de um momento muito importante do  idealismo alemão do séculoXIX, que teve impacto profundo no materialismo histórico de Karl Marx.
Teoria
Filósofo da totalidade, do saber absoluto, da dedução de toda a realidade a partir do conceito. As obras de Hegel possuem a fama de serem difíceis, devido à amplitude dos temas que pretendem abranger. Hegel era crítico das filosofias claras e distintas, uma vez que, para ele, a clareza não seria adequada para conceituar o objeto.
A dialética é uma das muitas partes do sistema hegeliano que foi mal compreendido ao longo do tempo. Possivelmente, uma das razões para isto é que, Hegel valorizava a contradição, mas não na contradição de uma forma absurda, e sim nos conceitos aristocráticos de potência e ato (onde ao mesmo tempo o ser é potência e ato) ou na concepção dos objetos como unos e múltiplos ao mesmo tempo.
Arthur Schopenhauer
Arthur Schopenhauer (Danzig, 1788 – Frankfurt, 1860) foi um filósofo alemão do século XIX, é caracterizado por ter um pensamento que não se encaixar nos sistemas de sua época. Schopenhauer é conhecido por seu pessimismo; combateu fortemente a filosofia hegeliana e influenciou os pensamentos de Friedrich Nietzsche. Sua obra principal é O mundo como vontade e representação (1819).
Pensamentos
Os pensamentos de Schopenhauer partem de uma interpretação da filosofia kantiana, em especial de sua concepção de Fenômeno. Isso o levou a pontuar que o mundo não é mais que uma representação que contava com dois polos  inseparáveis: o objeto, constituído a partir de espaço e tempo, e a consciência subjetiva acerca do mundo, sem a qual esta não existiria. Contudo, Schopenhauer discordou de Kant, uma vez que ele afirmou a impossibilidade da consciência alcançar a realidade não fenomênica.
Auguste Comte
Isidore Auguste Marie François Xavier Comte (Montpellier1798 — Paris,  1857) foi o filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo.
Teorias
A filosofia positiva
Essa filosofia nega que a explicação dos fenômenos naturais e sociais, provenha de um só princípio. A visão positiva não considera as causas dos fenômenos (Deus ou natureza) e pesquisa as leis, vistas como relações abstratas e constantes entre fenômenos observáveis.
Segundo Comte, outras ciências antes da sociologia, atingiram a positividade: a Matemática, a Astronomia, a Física, a Química e a Biologia. Na nova ciência Inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, Comte usou a observação, a experimentação, a comparação e a classificação como métodos para o conhecimento da realidade social. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, no entanto são um tipo específico de realidade teórica e que devem ser explicados em termos sociais.
A lei dos três estados
A base fundamental da obra comtiana é “A lei dos três estados”.
 A partir da percepção do progresso humano, Comte formulou a Lei dos Três Estados. Observando a evolução da intelectualidade humana, Comte percebeu que essa evolução passa por três estados teóricos: o estado 'teológico' ou 'fictício', o estado 'metafísico' ou 'abstrato' e o estado 'científico' ou 'positivo', em que no primeiro os fatos são explicados pelo sobrenatural, o segundo já se passa a pesquisar diretamente a realidade, e no terceiro ocorre o apogeu do que os dois anteriores prepararam progressivamente.
O mais importante é notar que cada um desses estágios representa fases da evolução humana.

Karl Marx: O materialismo histórico e dialético

Para Marx a luta de classes é o motor da História, pois exprime as contradições e o movimento dialético da vida social.

Entender a teoria marxista, é compreender que Marx e Engels observaram que em cada época os homens, ao buscarem sua sobrevivência frente à natureza, usaram sua força física e intelectual para produzirem sua sobrevida, de uma forma tal que para cada momento existe um modo próprio de produzirem sua existência. 

Mas em cada modo de produção a consciência dos homens sempre se transforma e essa transformação depende exclusivamente das condições materiais de produção, pois não são as idéias que movem a História, ao contrário, são as condições históricas que as produzem.

O materialismo explica que são as condições materiais de existência (as relações sociais de produção) que determinam o modo de ser e a pensar de cada um, mas esse modo é histórico já que a sociedade e a política não surgem da ação da natureza, mas da ação concreta dos seres humanos no tempo.

A História não é um processo linear e contínuo, uma seqüência de causas e efeitos, mas um processo de transformações sociais determinadas pelas contradições entre os meios de produção (as formas de propriedade) e as forças produtivas (o trabalho, seus instrumentos, as técnicas). 

A ideologia ou o modo dominante de produção de idéias de uma época, é um fenômeno social que tem origem no modo de produção econômico, acabando por exprimir a divisão social do trabalho de cada época. A Ideologia entretanto, surge à partir de um momento histórico específico, quando acontece a divisão entre dois tipos de trabalho: o material (a produção de coisas) e o intelectual (a produção de idéias). 

A partir daí, aqueles que produzem as idéias (a classe dominante), passam a construir um discurso (ideologia) que justifica a dominação como uma relação social “natural”, garantindo sua hegemonia através da ocultação da exploração do trabalho dos dominados, vista como uma relação igualitária e não de exploração (alienação).

As classes dominadas, alienadas pelo discurso dominante, mantem-se exploradas acreditando que esse processo é um fenômeno normal, vendo a desigualdade justificada como sendo incapacidade e inabilidade de alguns de ascenderem socialmente. Assim, a classe dominante opera sua dominação de classe usufruindo das benesses que a divisão social e o trabalho explorado propiciam.

Das sociedades classistas e desiguais que Marx estudou, o autor focalizou a sociedade contemporânea e capitalista, afirmando que de todas as classes sociais que enfrentam a burguesia – classe dominante do período, somente o proletariado é revolucionário, porque traz em si o potencial de transformação social por possuir o gérmen de novas relações de produção. Sua emancipação significaria portanto a libertação humana e a abolição das classes e de todas as formas de alienação, exploração e dominação.

Marx propunha o fim do capitalismo e de sua desigualdade, defendendo uma nova sociedade, instaurada pelo proletariado, que acabaria com a divisão social do trabalho e com a relação de dominadores e dominados – através da crítica à ideologia burguesa, que só poderia ser feita, após sua desmistificação enquanto inversão da realidade.

Para substituir o capitalismo por uma sociedade igualitária pela via revolucionária, Marx previu o comunismo, etapa superior do socialismo, quando efetivamente as forças produtivas desenvolver-se-iam de tal forma, que os homens e mulheres desta nova sociedade poderiam obter os bens necessários para sua sobrevida de um fundo de recursos comuns, cada um dispondo de lazer e energia suficientes para desenvolverem sua personalidade com respeito e dignidade, sem a exploração do trabalho humano.



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